Sátira, ‘Urinal, o Musical’, acerta ao levar humor à trama política.
Começa com nome de impacto, mas evolui com muita graça e humor sobre o momento atual.
É um espetáculo que, antes de mais nada, requer transferência de teatro, como aconteceu com o original americano, para o circuito da Broadway, das grandes salas.
Diante de sua qualidade, tanto no texto de Greg Kotis como na música de Mark Hollmann.
O palco menos acanhado, que permita os voos que não só a encenação mas a direção musical de Fernanda Maia demandam. O local Ópera de Arame foi perfeito.
“Urinal, o Musical” chama a atenção por abordar questão politicamente relevante hoje, o impacto do homem sobre a natureza, a falta d’água. Trata-se de uma sátira e uma homenagem aos musicais políticos, com seu humor.
Como no fascínio causado por Luz – filha de Patrãozinho, dono do monopólio dos banheiros na cidade de Urinal – que se apaixona por Bonitão, líder da revolução pelo direito de urinar livremente.
O título em português e os nomes dos protagonistas são exemplos da adaptação engraçada e funcional de Paula e Maia, supervisionados por Claudio Botelho. No original, eram Hope Cladwell, Caldwell B. Cladwell e Bobby Strong, respectivamente. E o título era “Urinetown”, cidade da urina.
Ganhador de 3 prêmios Tony (Antoinette Perry Award for Excellence in Theatre), a maior honraria do Teatro Americano, e também do Prêmio Isabelle Stevenson, um Tony Award especial criado em 2009, e conferido àqueles com notória contribuição a uma causa.
Gostei muito, achei o espetáculo leve e alegre. Nosso Festival de Teatro de Curitiba merece parabéns! Vamos participar, a programação está sensacional.
Diego Pisante fotógrafo oficial do evento.
Fotografei.